Campanha Salarial - 16/04/2025

ASSEMBLEIA DECIDE: É GREVE!

Em resposta à proposta de Ricardo Nunes, Servidores Municipais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, em votação unânime, sem votos contrários ou abstenções. . 

Após ato desta quarta-feira, 16/04, em frente à Câmara Municipal de São Paulo, os Servidores Municipais decidem entrar em greve, por tempo indeterminado, em resposta ao Projeto de Lei nº 416/2025, que foi enviado à Câmara pelo Prefeito Ricardo Nunes no último dia 09/04, sem nenhuma negociação com as Entidades Representativas.

No documento, que supostamente dispõe sobre a revisão geral anual e a adoção de medidas destinadas à valorização dos Servidores Públicos Municipais, está declarada a intenção de conceder reajuste geral anual em duas parcelas, sendo a primeira de 2,60%, a partir de 1º de maio de 2025, e a segunda de 2,55%, a partir de 1º de maio de 2026 (ambas para servidores ativos e aposentados com paridade), além de um percentual de 6,27% aplicado exclusivamente sobre os pisos salariais da carreira do magistério (sem previsão de incorporação nas demais referências das tabelas do QPE). A falta de incorporação já atinge 44% (acumulado de diversos anos do piso salarial), distorcendo as tabelas de remuneração. 

Estes números não atendem ao pleito feito pelos Servidores, o que levou à antecipação do protesto, inicialmente programado para o dia 25/04.

Reivindicações que constam na Pauta Unificada:
•    Reajuste salarial linear de 12,90%;  
•    Fim do confisco de 14% das aposentadorias e pensões;  
•    Defesa das carreiras da Educação, elevação dos pisos dos Profissionais de Educação com a devida incorporação imediata nas tabelas do QPE;  
•    Melhores condições de trabalho e respeito à saúde do funcionalismo. Reivindicamos, nesta Campanha Salarial 2025: 

O presidente da APROFEM, Prof. Ismael Nery Palhares Junior e a vice-presidente, Profa. Margarida Prado Genofre afirmam que com esse PL o Prefeito propõe um reajuste que não cobre nem a inflação. 

“Trata-se de uma proposta que humilha os Servidores e aprofunda sua desvalorização. Sem diálogo, sem negociação e ignorando por completo as reivindicações apresentadas na Campanha Salarial de 2025, o Prefeito propõe uma medida que escancara o descaso da gestão com quem garante o funcionamento dos Serviços Públicos na Cidade de São Paulo”, afirma Margarida. 

Os índices apresentados não repõem as perdas inflacionárias dos últimos anos, desconsideram o aumento do custo de vida e desvalorizam ainda mais o trabalho de quem sustenta os Serviços Públicos. 

“É direito de todo trabalhador brasileiro ter os seus salários corrigidos para protegê-lo dos efeitos da inflação. Essa proposta não cobre a inflação e ainda divide esse ajuste em duas parcelas. É o crediário do reajuste, colocando em risco a nossa própria segurança alimentar porque os preços no mercado não param de subir”, finaliza a Vice-Presidente da APROFEM. 

A APROFEM seguirá nas negociações e em mobilização e manterá a imprensa e os profissionais informados sobre os próximos passos do movimento.

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